15.12.06

Karoshi (morte por excesso de trabalho) no Brasil

Cortador de cana

Mês passado foi ao ar esta matéria no quadro Profissão Repórter do Fantástico, contando sobre a migração de trabalhadores para a colheita de cana e denunciando a ocorrência de mortes por excesso de trabalho. Isso ocorre apesar da liderança do país no uso de combustível alternativos ter se tornado exemplo, como escrevi em minha nota sobre motores flex, e que vem atraindo cada vez mais atenção mundial para o uso do álcool.

Aparentemente as condições de trabalho e remuneração não parecem acompanhar esta evolução. Hoje os trabalhadores ganham por volume, para valer a pena pode exigir o esforço de colher toneladas diárias por pessoa. Por isso o karoshi, palavra inventada no japão e ligada ao estresse da rotina do assalariado e da cultura de devoção às corporações, por aqui tomou uma forma totalmente adversa.

Apesar da complexidade do manejo, que serve de justificativa para o uso intensivo de mão-de-obra, a mecanização da colheita da cana poderia ser vista como aliada, desde que venha a integrar os atuais bóia-frias, capacitando e melhorando o ambiente de produção. Em entrevista recente, Isomar Martinichen, diretor de vendas da Case IH prevê a fabricação e entrega de 460 colheitadeiras de cana em 2007. Apesar de terem sido inventadas na Austrália 50 anos atrás, hoje a sede da indústria na cidade de Piracicaba (SP) é que centraliza a pesquisa, desenvolvimento e fabricação mundial destas máquinas.

Post originalmente publicado no Yahoo! Tecnologia

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