29.11.16

Rede social com criptomoeda Steemit, chegando junto na revolução blockchain.


Na primeira vez que ouvi falar em blockchain e Bitcoin não entendi quase nada, era 2011 e esse assunto empolgava apenas os nerds, mesmo assim baixei um software e achei que já estava minerando, participando de uma corrente mundial de processamento descentralizado e ajudando o movimento no estilo SETI@home (Search for Extraterrestrial Intelligence, febre da internet do final dos anos 90). Fiz isso e esqueci.

Anos depois em 2013 o assunto contagiou a grande imprensa, por algum motivo o Bitcoin estava valendo um dinheirão. Lembrei daquele download, tentei todo alegre descobrir se tinha ganho alguma coisa e, resumindo, continuei não entendendo nada. Passou mais um tempinho, quando fui passear em Boston tirei esta foto de um caixa eletrônico para Bitcoin em uma loja/livraria perto de um dos campus do MIT.

Agora, através do @hdimantas descobri o Steemit, uma rede social que remunera seus participantes ativos com a criptomoeda Steem. Me cadastrei - @wagnertamanaha - e aproveitei pra desabafar sobre a vitória do Trump e os planos da IBM com o Watson em meu post de estréia por lá: O presidente.

Confesso que também entrei nesta onda influenciado pela divulgação do livro Blockchain Revolution, lançado por Dan Tapscott este ano, e também pelos artigos sobre o assunto do Ronaldo Lemos na Folha de SP e pelas iniciativas de Oswaldo Oliveira, evangelizador e empreendedor do tema no Brasil.

De qualquer forma, já está na hora de botar o pé nesta revolução, se não por méritos das criptomoedas, por decrepitude do sistema financeiro mundial, que depois de prescindir do lastro em ouro nos anos 70 agora já até aceita aplicar juros negativos (imagino que na cabeça de um contador essa expressão soe como "subir pra baixo"), punindo quem quer guardar moeda e economizar.

Pelo que entendi o Steemit funciona desde o começo do ano, cheguei lá e achei bem rústico comparado com o Medium (que parece ser a inspiração mais próxima). Publicando conteúdo em um editor que não é wysiwyg me senti voltando ao passado, na época quando era preciso saber um pouco de html. Mas o que faz a diferença é a ideia de remunerar os participantes com criptomoeda, com os Steems já pingando em minha carteira agora entendo o bafafá em torno da tecnologia.

Afinal, pra uma moeda existir só é preciso ser conversível e conquistar credibilidade diante de uma comunidade. Hoje em dia emitir moeda é monopólio de países e governos mas com o sucesso do Bitcoin, que já pode ser trocado por dólares em caixas-eletrônicos, esta realidade está sendo posta em cheque. Parece que já tem gente que está negociando Steem, trocando por Bitcoins, pra converter a moeda também existe o Peerhub, um marketplace online onde os vendedores aceitam a criptomoeda.

Pode ser que o Steemit não dê certo ou sofra algum imprevisto tecnológico, como aconteceu com o The DAO (Descentralized Autonomous Organization), uma iniciativa blockchain muito mais ambiciosa, sofisticada e conduzida com mais cuidado formal que através de uma brecha de segurança sofreu um roubo traumatizante mas ainda não o suficiente para fazer a comunidade desistir por completo: introducing Charit DAO.

Vou dar uma chance pro Steemit. Afinal, o conteúdo sempre girou em torno de comunidades e as comunidades giram em torno de conteúdo. Se as comunidades são trocas, de bens e informações, e as criptomoedas em redes blockchain também comunitárias em software livre despontam como intermediario ideal... BUM, taí uma combinação que me parece tão explosiva quanto foi o advento da internet.

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